A Cadeira nº 18 foi ocupada já em 2006, na fundação da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, por Antonia Marisa Canton, Acadêmica-Fundadora da Cadeira nº 18, que indicou Octávio Guinle como Patrono da Cadeira.
Octávio Guinle (Rio de Janeiro, 2 de agosto de 1886 — 14 de maio de 1968[1]) foi empresário brasileiro, mais conhecido por ser o fundador do hotel Copacabana Palace. Era filho do bilionário gaúcho Eduardo Pallasim Guinle e de Guilhermina Coutinho da Silva
O empreendedor foi um dos principais responsáveis por gravar o nome da família Guinle na história brasileira. Seu pai começou a fazer fortuna em 1870, quando fundou um armazém de produtos importados no Rio. A partir desse estabelecimento, os negócios da família se ramificaram para a construção de ferrovias e estradas. Além disso, eles também investiram no ramo imobiliário. Mas a consolidação da fortuna veio com a fundação da Companhia Docas de Santos, cujos lucros fizeram dos Guinle uma das famílias mais ricas do Brasil.
Nascido nesse berço de ouro, Octávio seguiu os passos do pai.
Atendendo solicitação do então presidente Epitácio Pessoa, quando da realização da Exposição Mundial Comemorativa do Centenário da Independência, em 1922, o empresário construiu o Copacabana Palace Hotel, um verdadeiro ícone da hotelaria nacional. Um dos primeiros hotéis da cidade a ser construído à beira-mar reflete fielmente a influência cultural européia de sua época com um estilo requintado de hospedagem.
Os Guinle souberam muito bem como lidar com o poder político no Brasil. Foi a relação com o presidente Getúlio Vargas, por exemplo, que permitiu o tranquilo funcionamento do Copacabana Palace. Inaugurado em 1923, o hotel deveria ter um cassino nas suas dependências. No entanto, o então governo brasileiro, comandado por Epitácio Pessoa, rói a corda e não permite a instalação do espaço no hotel.
"Getúlio vai ser uma mãe para os Guinle. Quem vai abrir legislação de cassino no país? Getúlio Vargas. Quando acaba o período getulista, o cassino acaba junto", relata historiador carioca Clóvis Bulcão, em seu livro Os Guinle – A História de Uma Dinastia.
O hotel era a menina dos olhos do empresário. Octávio tinha como hábito inspecionar duas vezes ao dia os 12 mil metros quadrados do edifício, passando o dedo nos móveis para conferir se estavam empoeirados.
Octávio também era entusiasta das artes e da gastronomia. Em 1938, converteu um dos vastos salões do Copacabana Palace no Golden Room, um dos principais espaços para apresentações musicais da época. Em 1946, ele fundou o Bife do Ouro, restaurante de luxo que também funcionava no hotel. O local ainda chegou a abrigar o mais bem equipado teatro da cidade.
O hotel acabou se tornando um símbolo do Rio, sendo o preferido de artistas, políticos, executivos e personalidades internacionais e grandes recepções. Tombado pelo Patrimônio Histórico, o Copacabana Palace possui em seu currículo fatos da maior relevância, como por exemplo, ter servido de cenário para o filme Flying Down To Rio, onde pela primeira vez Fred Astaire e Ginger Rogers dançaram juntos.