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ROBERTO MARINHO – CADEIRA 31

A Cadeira nº 31 foi ocupada em 2008, dois anos após a fundação da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, por Silvio Magalhães Barros II, Acadêmico-Fundador da Cadeira nº 31, que indicou Roberto Pisani Marinho como Patrono da Cadeira.

Roberto Pisani Marinho (Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 1904 – Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2003), filho do jornalista Irineu Marinho Coelho de Barros e Francisca Pisani Barros, foi um jornalista e empresário brasileiro. Herdeiro de Irineu Marinho, foi proprietário do Grupo Globo de 1925 a 2003 e um dos homens mais poderosos e influentes do país no século XX. Seu empreendedorismo levou à constituição de um dos maiores impérios de comunicação do planeta e o fez figurar diversas vezes entre os homens mais ricos do mundo.

Além de sua atuação como jornalista e empresário, Marinho promoveu, através das empresas Globo, projetos de responsabilidade social como Ajude uma Criança a Estudar, Criança Esperança, Quem Lê Jornal Sabe Mais, Projeto Aquarius, Amigos da Escola e Ação Global.

Fã de esportes, Marinho praticou automobilismo, hipismo e caça submarina ao longo da vida. Também ligado às artes, foi um grande colecionador de obras, tendo patrocinado algumas exposições com seu grande acervo. O magnata dedicou-se ainda a Fundação Roberto Marinho, organização de apoio a iniciativas educacionais criada por ele em 1977.

Fez seus estudos primários em escolas públicas e depois estudou na Escola Profissional Sousa Aguiar e nos Colégios Anglo-Brasileiro, Paula Freitas e Aldridge, no qual concluiu o ensino secundário em 1922.

Seu pai, um jornalista renomado do início do século XX, fundou, em 1911, o jornal "A Noite" e, em 1925, e o jornal "O Globo". Aos 20 anos, Roberto Marinho começou sua carreira profissional como repórter e secretário particular de Irineu em O Globo. Porém, em 21 de agosto de 1925, pouco tempo depois do lançamento do jornal, Irineu Marinho morreu vítima de um ataque cardíaco. Em 1931, com a morte de Eucycles de Mattos, Roberto Marinho, então com 26 anos, assumiu o cargo de diretor-redator-chefe do O Globo.

Em 2 de dezembro de 1944, Roberto deu um passo na expansão do seu conglomerado de mídia ao comprar a Rádio Transmissora, da RCA Victor, e transformá-la na Rádio Globo do Rio de Janeiro, sua primeira emissora de radiodifusão.

Foi durante os anos 1960 que Roberto Marinho deu um salto na expansão de seus negócios ao inaugurar, em abril de 1965, a TV Globo Rio de Janeiro, canal 4. No ano seguinte, ele adquiriu uma nova concessão, o canal 5 de São Paulo, a TV Paulista, e que viria a ser a TV Globo São Paulo. Em 1968, ele conseguiu a concessão do canal 12 de Belo Horizonte e que viria a ser TV Globo Minas. Depois, Marinho conseguiu mais duas concessões: em Brasília e Recife, dando início a Rede Globo de Televisão.

Com o declínio das concorrentes Tupi e Excelsior, a Rede Globo ganhou rapidamente projeção nacional. Além da força da emissora de Televisão e de ter O Globo entre os jornais mais vendidos do Rio de Janeiro e a Rádio Globo líder de audiência carioca, Roberto Marinho diversificou suas atividades empresarias com fazendas de gado, centros comerciais e uma das maiores coleções de arte na América do Sul.

Em 1995 Roberto Marinho investiu na criação do complexo de estúdios Projac (Projeto Jacarepaguá), que em 2016 passou a ser chamado de Estúdios Globo, mas é popularmente conhecido como Central Globo de Produção.

Em 1991, Roberto Marinho lançou a Globosat, que começou operando com quatro canais — GNT, Multishow, Telecine e Top Sport, que em 1994 passou a se chamar SporTV. A Globosat possui 33 canais: 23 lineares, 9 pay-per-view e 1 canal internacional. Dos 33 canais, 22 são transmitidos em HD. E, ainda, existem oito canais em VOD (vídeo sob demanda).

Em 1983, recebeu o Emmy como Prêmio de Personalidade do Ano em Televisão, concedido pela Academia Nacional de Televisão, Artes e Ciências dos Estados Unidos.

Teve vasta produção editorial publicada em seus jornais, rádio e TV na forma de editoriais, e publicou o livro Uma trajetória liberal.

Foi eleito em  22 de julho de 1993 para a Academia Brasileira de Letras,sucedendo Otto Lara Resende como titular da Cadeira 39.

No governo de Juscelino Kubitschek Roberto Marinho foi chanceler e recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito. Em 1995 foi uma das primeiras personalidades a ser agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, instituída naquele ano pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.