A Cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Eventos e
Turismo foi ocupada em 2008, por José Guilhermo Alcorta, Acadêmico-Fundador da
Cadeira nº 23, que indicou Amélia Whitaker Gondim de Oliveira como
Patrona da Cadeira.
Amélia Whitaker Gondim de Oliveira (São Paulo, 08 de Agosto de 1909)
Em 1909, ano em que era inaugurado o Teatro Municipal do Rio de Janeiro; em que Santos Dumont, na França, realizava seus últimos vôos no Demoiselle; e o Acre era anexado ao território brasileiro, nascia na Rua Liberdade, em São Paulo, Amélia Aparecida, nona filha de Amélia Peres Whitaker e do banqueiro e ex-ministro José Maria Whitaker.
Amélia Aparecida cresceu junto com o progresso da cidade: trens, bondes, eletricidade, telefone, automóvel, passavam, aos poucos, a fazer parte da vida cotidiana de então.
Casou-se com Leão Gondim de Oliveira, primo de Assis Chateaubriand, fundador dos Diários Associados. Sob o pseudônimo de “Maria Helena”, passou a escrever uma coluna na revista A Cigarra, pertencente aos Diários Associados, onde misturava bom senso, bom humor e bons conselhos.
Convidada a escolher as obras de ficção a serem publicadas nas duas revistas, travou conhecimento com escritores como Murilo Mendes, Ledo Ivo, José Lins do Rego, Austregésilo de Athayde, Dinah Silveira de Queiroz, Ascenso Ferreira, Nelson Rodrigues, Odorico Tavares e também Rachel de Queiroz, a qual se tornou sua amiga por toda a vida.
Foi nomeada por Assis Chateaubriand diretora-presidente das revistas dos Diários Associados, entre elas a revista O Cruzeiro, e responsável por uma série de mudanças nas estruturas de alguns segmentos dos impressos. Teve uma presença discreta, mas constante, nos rumos das publicações. Nunca permitiu que a vulgaridade manchasse as páginas da revista, incorrendo, às vezes, por isso, na ira de editores mais ousados.